terça-feira, 19 de julho de 2011

Sala de Espera da Vida



Você já teve algo que odiava muito ou mesmo que temia fazer como uma prova ou algo do gênero, depois de se empenhar bastante você faz , resolve o problema sente o alivio chega em casa fecha os olhos, acorda e percebe que tudo não passou de um sonho?
As vezes tenho umas idéias malucas (só as vezes :) quase como uma sensação, que estou observando a vida, como se tudo não fosse mais que invenções, a idéia é de que eu estou a beira da morte, e por mais que pareça não é um pensamento depressivo, pelo menos não mais que a maioria dos que tenho. Isso é um espeto no cérebro, aquela sensação que algo não esta certo. Estou olhando minha vida de trás para frente como se tudo não passasse de memórias, como se tudo que vejo, ouço e falo não passasse de lembranças...
Fiquei sabendo que estudos mostraram que um corpo depois de morto continua com seu cérebro vivo por alguns minutos depois que tudo se apaga. Alguns minutos...
Um segundo nos sonhos é algo que não podemos quantificar em tempo, pois canso de acordar e olhar no relógio 7:10 ai volto a dormir e tenho sonhos complexos, que parecem durar horas, passo por diversas experiências ai acordo e são: 7:15.
Dizem que os sonhos são reais em quanto duram, já da vida tenho certeza que não podemos dizer o mesmo.
O que estou tentando dizer é: Como posso saber que não estou naqueles minutos finais que as sinopses cerebrais continuam funcionando,se comunicando, aqueles segundos de um cérebro vivo em um corpo morto? Posso, podemos muito bem estar olhando para trás, mas no entanto se estou a beira da morte e sou apenas sonhos de um cérebro moribundo o que você leitor seria nisso tudo? Será que você só existe na minha mente ou eu que sou uma criação sua? Ou sou tão real quanto qualquer outra coisa.
A ciência nos conta que existem dois estados de consciência e que eles são opostos mas não se opõem : Na vida desperta, o sistema nervoso bloqueia a veemência das lembranças e isso é em prol da evolução, da lucidez , afinal seria contraproducente se um predador fosse confundido com a lembrança de outro e vice-versa, pois a lógica nos diria que no caso contrario fugiríamos quando tivéssemos apenas um pensamento amedrontador, as alucinações seriam freqüentes e não poderíamos distingui-las da realidade
Durante o sono algo com o mesmo propósito acontece, já que nossos neurônios serotonínicos impedem nossos delírios, quando dormimos, são eles quem são inibidos no sono REM, e isso torna nossos sonhos reais porem também bloqueiam a concorrência de outras percepções e isso nos faz confundir os sonhos com a realidade, em quanto estamos neste estado. Aqui entramos naquele velho papo do que é real: Aquilo que podemos sentir, aquilo que podemos cheirar, não há diferença entre a percepção da realidade ou da ação sonhada pois ambas são descargas elétricas , sinapses cerebrais...Só sabemos que era um sonho depois que acordamos e se não acordamos...
O pior que podemos empreender é crermos que estamos realmente vivos quando na verdade estamos é dormindo na sala de espera da vida. A chave é conseguirmos juntar as capacidades racionais da vida “desperta” com as ilimitadas possibilidades dos nossos sonhos, quem conseguir fazer isso pode literalmente fazer qualquer coisa.

Out where the dreams are high
Out here, the wind don't blow
Out here, the good girls die
And the sky won't snow
Out here, the birds don't sing
Out here, the fields don't grow
Out here, the bell don't ring
Out here, the bell don't ring
Out here, the good girls die…
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