quinta-feira, 20 de maio de 2010
Caos
Depois das delicias que provou, sabia que nunca mais seria o mesmo. As pessoas que se alimentam às vezes de substancias raras nunca mais voltam a ser as mesmas. Notava porem que quanto mais se dedicava a esta causa, pouco poderia salvar caso bate-se em retirada sabia que muito tinha criado e idealizado, não sabia o que era real, se é que algo um dia é real.
Absolutamente não era isso que se passava em sua cabeça até pouco tempo, apenas queria vislumbrar todas as possibilidades; E como o pensamento estratégico estava tão de mode, a possibilidade da derrota era uma constante, estava ali sem consciência mas com um certo e prévio aviso, tudo mudou , sem mais luta ou extravaso tomou a media nunca imaginada, não salvou o que podia, não voltou atrás, apenas desistiu.
Mas parafraseando o poeta, sabia apenas que não era melhor ou superior; que de forma alguma tinha respostas para as perguntas do mundo, muito menos para as suas. Quem conhece alguém nesse mundo, quem mesmo se conhece? A única certeza que possuía, e esta certeza era absoluta em toda a sua forma, pois, sabia que o lugar que ela estivesse era o lugar que ele queria estar, em fim, o lugar de onde ela vinha era o lugar que ele pertencia, ate o choque da dura realidade, quem era ela, será que ela ao menos existiu algum dia?
A experiência mais uma vez sobrepunha a expectativa, viemos ao mundo sós, sozinhos deitamos nossas cabeças no travesseiro e na solidão de nossas cabeças sonhamos desamparados.
Mas não lamente acatado leitor, são apenas palavras, nem tristeza elas descrevem, não significam coisa alguma, são apenas um caos de consoantes e vogais, aqui o que realmente importa são as conexões que fizemos com elas, e estas desvaneceram-se no ar.
POA 12:02PM 16/05/10
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