quinta-feira, 29 de abril de 2010

Pode ser que sim, mas pode ser que não.


Nasci em Porto Alegre, mas sou Ijuiense, odeio frio e moro em Santiago, já quis ser piloto de Formula 1, mas nunca fui muito bom na chuva, já pulei de bungee-jump, pratiquei escalada mas nunca saltei de paraquedas. Já namorei duas vezes de verdade, só uma valeu mesmo a pena. Já fiquei com mulher que estava noiva, mas um dia o noivo voltou, já fui chifrado, mas não chifrei... ainda. Já fui ao show do Tiesto, Wrecked Machines, Skazi, e do Astrix, mas ainda quero ir no Jack Johnson, Ben Harper e Foo Fighter. Amo raves mas em meu ipod toca Vivaldi. Já bebi até vomitar, mas hoje nem alegre fico. Já fumei o que não era cigarro, mas hoje nem com o cheiro eu posso. Não tenho tatuagem, já usei brinco e tive um cavalo (uma égua). Tenho carteira de piloto de barco, mas sou bem meia-boca na hora de dirigir uma moto e não tenho carteira A. Acredito em amor a primeira, segunda e terceira vista. Já chorei e fiz chorar, já amei e fui amado. Não gosto de chocolate, mas amo tutano. Tenho poucos amigos, mas não me sinto só. Já achei que o mundo fosse acabar de tanta tristeza mas eu sempre acordava em um novo dia. Na sexta série tive uma paixão pela minha professora de matemática e hoje eu odeio exatas. Adoro o “jeito de se viver” dos americanos mas sei que foram eles que forjaram o ataque as torres gêmeas. Sou batizado e até crismado. Minha cor preferida não é cor (camuflado), mas nunca servi o quartel. Já fui a centro espírita, seicho-no-ie e templos budistas, mas hoje nem uma religião faz minha cabeça. Torço pelo Grêmio, sou fã do George Clooney, Brad Pitt e Johny Depp. Amo deitar para ver TV, mas viajo cerca de 500km por semana. Fui amante da Megan Fox , Salma Hayek e Halle Berry. Tenho compulsão por leitura, mas odeio estudar. Durmo tarde e acordo cedo, mas preciso de remédio para ambos. Tenho mais de 1000 livros, mas hoje só leio e-books. Já pratiquei tiro, pesca, mergulho, mas nunca fui capaz de fazer um gol. Não valho nada, mas o preço dos parafusos que carrego na coluna provam o contrario. Amo tecnologia, mas tenho a certeza que no futuro irei virar um hippie digital. As melhores coisas para se fazer são: Ler, dormir, liberar a água do joelho quando está apertado e fazer amor, mas não nessa ordem.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Um incerto diário, um certo dia.


Tênue lembrança era definitivamente muito vago para definir como eu me sentia, mas a lembrança ia e vinha de forma a complicar eventualmente o modo como eu me sentia.
Agora lembrar os absurdos que eu disse, dos exageros que eu tive, e que no fim era a mais pura realidade, algo como um percepção irracional da verdade, e que como antes cortava agora, como faca quente a manteiga.
Assim a primeira e tomara pior parte de minhas férias estavam acabando, aonde eu me encontrava agora redigindo estas parcas palavras algumas noites depois do carnaval. Carnaval de revelações anúncios que sempre estiveram lá. Cabeça quadrada do dia após a noite de sábado, assim fiquei com esta sensação de liberdade não duradoura, muita dicotomia para uma pequena frase.
Como poderia eu continuar assim por vários dias seguidos usando essa minha falta de talento para não conseguir nada de muito mais importante nesta folha digital de bytes aglomerados que provavelmente ainda será apagada.
Será que se o homem soubesse de tudo antes, deixaria de fazer o que faz? Possibilidade remota, porem validade de uma análise, pois como se pode pensar no assunto sem esbarrar na banalidade das idiotices ditas por uma pessoa que escreve isso em seu diário? Dessa forma as coisas aconteceram, e agora não podia ser diferentes afinal de contas muita força fora injetada nos acontecimentos e sinceramente não entendo plenamente o que aconteceu, porem a angustia que sofri foi real e muito dolorosa. Como no primeiro dia depois daquela semana, que me olhei no espelho a única coisa que vi foi uma luz difusa que refletiu no meus olhos a tristeza que nunca mais vou esquecer.

sábado, 24 de abril de 2010

Quanto mais fundo...


Outro dia estava conversando sobre o passado, essa conversa me levou para um lugar que a muito tempo atrás eu não ia, voltei ao profundo azul.
Passar uma experiência através de letras é muita pretensão de minha parte, mas contar o que hoje tenho ainda guardado na minha mente ruidosa é possível mesmo que sejam coisas banais que não devam importar para mais ninguém. Aqui posso parafrasear o "Homem do trem" (Matrix) (com a devida liberdade poética claro) "Neste blog eu faço as regras, aqui embaixo eu sou Deus", portanto vou falar do que eu tenho vontade e me transportar para onde eu quiser! Mas não se assuste estimado leitor, quando lembro me torno apenas deleite, talvez consiga passar um átimo do que me faz tão bem.
A lancha estava no extremo do penhasco, o lugar mais a mar aberto da costa possível, a minha localização dava-se exclusivamente pela profundidade da agua, pois na costa catarinense é difícil encontrar lugares que sejam profundos, e este dia é ímpar pela boa visibilidade em aguas que vem direto de mar aberto. Assim algum tempo é necessário para juntar todo o equipamento junto ao corpo, duas camadas de roupa de neoprene são um nojo de colocar com a pele seca, mas quanto mais coberto eu estou la em baixo, mais seguro eu me sinto, mesmo que seja uma falsa impressão, é somente ela que nos move neste momento, logo a única parte do corpo que tenho desprotegida é meu rosto, na verdade apenas olhos e boca tudo o mais agora é de borracha e lycra. Erguer fora da agua um cinto com 12kg também não é moleza não, mas como uso um lastro maior que a maioria dos mergulhadores, pois quero ir mais fundo de forma mais rápida sofro um pouco com isso fora da agua. Hoje nem sei se é possível eu prender uma coisa dessas em minha cintura aparafusada e sair vivo (hsudhsu mas eu vou tentar pode ter certeza) agora com dificuldade pego a mascara que tem acoplado junto a tira que prende ao contorno de minha cabeça o snorkel (tubo que ligado a boca permite a respiração sem retirar a cabeça da linha da agua em ate uns 20 cm de profundidade) em uma mão e na outra tenho as duas nadadeira, estas são do modelo de mergulho para grande profundidade e devem ter em torno de um metro. Salto para o vazio como se tivesse segurando uma bigorna, caio pesado na agua e em segundos estou em uma mar literal e abstrato um de agua outro de bolhas. Como o cinto é mais pesado do que o normal tenho alguma dificuldade em me manter na superfície estando com as duas mão ocupadas, mas loco encaixo as nadadeiras e o controle vem junto com elas. Nem todas as etapas de um mergulho livre em apnéia são merecedores de prosa muito menos verso como a parte que se passa saliva na lente da mascara, mas a pratica nos mostrou que ela é um ótimo anti-embaçante.
Nado em direção a popa do barco ja ansioso, sei que encontrar um mar com as condições certas é muito difícil, houve anos que em 20 dias na praia nem mesmo 1 ofereceu condições como as que encontro agora. Me apoio na beirada e alcanço o arbalete, um dispositivo formado por um peça de alumínio preto que mais parece uma arma e por uma seta de aço, seu tamanho armado é em torno de 1,20 metros o que pode ate parecer longo, mas é toda a distancia que tenho para poder mirar e disparar, diferente do que pode parecer, la em baixo a comprimento da arma até o peixe é tudo que temos para acertar. Com o respirador junto a boca, mordo com força o encaixe e sorvo o primeiro trago de ar através do cano, logo tento ficar em uma linha horizontal com a superfície, forço minha cabeça para baixo, meus pés com as nadadeiras saem para fora da agua, desço perpendicularmente para o vazio, o chumbo deixa tudo mais fácil, literalmente morro a abaixo ele é de grande ajuda, e para a volta tenho meus enormes "pés-de-pato" para confiar e subir. Como quando entramos em um quarto escuro, os primeiros momentos são tensos, nos sentimos fora do nosso ambiente mas tudo vai criado forma e contorno e o primeiro choque vem do som, ou seja de sua completa ausência, a unica coisa que passa a produzir algum ruido é meu coração e o barulho do snorkel sendo preenchido com agua. Nos primeiros dois ou tres metros os ouvidos doem por causa da diferença da pressão, eu aplico a manobra de Valsalva com um pouco mais de força que deveria, sinto ar sair pelos ouvidos, um sinal de que ainda estou fora de forma. Em momentos que parecem poucos segundos e com apenas 3 ou 4 metros de profundidade meu corpo me avisa inconscientemente que todo o esforço ja feito é o limite e que apenas a metade do caminho esta percorrida, a metade de volta ainda é necessária e assim volto em direção ao clarão da superfície sentido a pressão diminuir o peito ficar mais leve, ao chegar lá assopro com força pelo canudo do snorkel e toda a agua junto com o que sobrou de meu fôlego sai como um jato. Respiro muitas vezes ate meus batimentos cardíacos voltarem a se acalmar um pouco e novamente repito toda a operação, terei que fazer isso cerca de uns 25 ou 30 minutos para tentar romper "a barreira". Eu a chamo barreira pois ela é um de meus limites pessoais, demora meia hora para eu estar devidamente aclimatado e adaptado a pressão, e logo ter a coragem de ataca-la, assim acostumado decido tentar.
Ela encontra-se em torno de 12 metros a baixo do nível do mar, ou seja a 24 metros do próximo fôlego de ar...(ida e volta) Estou a cerca de 10 metros, quando nesse momento a pressão é tanta que meu peito começa a doer, por todos os lados a agua nos informa que não deveríamos estar aqui, tudo fica repentinamente desconfortavel, o mais chato é que todo ar que existe na mascara em frente a meus olhos é expulso dali e a visibilidade simplesmente desaparece, para isso é preciso assoprar levemente com o nariz, tirar, criar algum ar para que se possa voltar a enxergar, neste momento devo estar a 70 talvez 80 segundos sem respirar, confesso que o desespero de voltar a superfície começa a rondar o fundindo de meu cérebro e como se por um passe de mágica, no exato momento em que voce esta prestes a desistir, largar tudo e subir ele aparece. Lentamente nadando na segurança da grande profundidade junto as rochas uma Garoupa passa em minha frente muito devagar e muito desengonçada, como se mais nada importasse, meu foco esta todo naquele peixe agora, mais nada existe, falta de ar, desconforto, o frio imenso. Empurro o arbalete que trago junto ao corpo em direção a ele, neste momento não tenho tempo de sequer pensar em mirar, uso o tamanho da arma para quase tentar encostar no peixe que sente agora minha presença e começa a acelerar, infelizmente (para ele) ja é tarde, puxo o gatilho e ouço o estalido da borracha e da flecha saindo, não sei se o barulho existe ou se é uma criação de minha mente condicionada ao barulho do disparar " uma arma" mas o que se segue é uma linda lição da grande vontade de fazer algo com a falta de experiência em faze-lo pois, o peixe ainda vivo nada como um louco em direção ao fundo, eu começo a subir pensando na ar que meus pulmões tanto precisam, e de como seria bom sair daquela agua congelante que não tem o calor que vem do sol mais a cima porem tenho que ser lento e rítmico para não sofrer uma embolia ao sair da agua, mas a força que o peixe faz para baixo é grande e continuo puxando para cima com a certeza de uma missão completa e bem sucedida. Talvez algum tempo depois eu possa descobrir que a arma é feita para flutuar ao separar-se da seta, e que o carretel de linha que prende a seta a arma depois de esta estar presa ao peixe sobe sozinha e automaticamente em direção a superfície , liberando o caçador de qualquer preocupação com o peixe que acabou de ser pego, em fim atalhos que a vida nos mostra apenas depois de o caminho mais difícil e longo ja foi percorrido. Cansado mas espantado pelo que acabo de fazer começo a atacar a barreira com mais facilidade e o grande vício e talvez a falha do caráter de todo caçador-submarino começa a surgir: quanto mais fundo será que eu posso ir?
No aproximo ano volto, e o mar fica o verão inteiro fora de condições de mergulho algum tempo depois opero a coluna e tudo que me resta são as lembranças, sorte a minha que são ótimas lembranças...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Vamos Salvar???


Olha gente eu to começando a ficar mais louco que o normal, sabe, é essa hipocrisia que ta virando esse mundo ( olha que tenho um profundo conhecimento, sobre o assunto, tive contato direto com isso durante anos...) nossa “preocupação” com as águas, com o ar, com o mar, com o solo, preocupados com as espécies ameaçadas...

Sabe nossa cretinice é tanta que temos a audácia de julgar que tipo de espécies não podem deixar de existir, isso mesmo, copia-las em laboratório, seu DNA ...Acho que esqueceram que mais de 90% de todas espécies que já passaram pelo planeta estão extintas!!! Sim, quer você queira quer não e o que é melhor só estamos aqui por causa disso (lembram dos dinossauros) Atualmente em torno de 15 espécies deixam de existir todos os dias, e to dizendo apenas aquelas que estão indo embora sem a interferência do homem, isso mesmo quem somos nós pra não deixar a natureza em paz???

Mas somos tão importantes, tão bestas e egocêntricos que agora todos queremos salvar alguma coisa, salvem as baleias, salvem as arvores, salvem os peixes, hahahahahah estou rindo porque delas existe a melhor, o grande e dissimulado (sei do que to falando, entendo disso) SALVEM O PLANETA!

Vocês tem alguma ideia da idiotice que é falar uma coisa dessas? Você pode se espantar mais o mundo não vai morrer, tão pouco vai a lugar algum, quero dizer que ele depois de ataques constantes de meteoros, inversão de polos e tudo mais esta muito bem, a baixaria de ter a ousadia de salvar algo que nunca esteve em perigo, o único perigo que alguém corre, aqui somos nos!!!

Isso mesmo, somos nós egoístas que nos escondemos atrás de subterfúgios naturalistas para pensar somente em nosso interesse próprio e egoísta. Furacões, maremotos, terremoto, vulcão, isso tudo é o próprio planeta sendo ele mesmo, tem mais de 4 bilhões de anos (tu tem uma ideia disso? )já esteve congelado muitas vezes, já matou todo ser vivo com mais de 25kg em toda a sua face mais de uma vez também, já teve temperaturas extremas, e você acha que 2 ou 3 graus a mais com o efeito estufa esta fazendo mal ele ? Que nossa civilização ameaça ele de alguma forma? Digo aqui só para nós o planeta esta muito bem, as PESSOAS é que estão fudidas!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Zen problema...


Sei que pode parecer estranho, principalmente pra mim que a apenas alguns dias atras acabei de fazer uma viagem para Las Vegas um lugar de luxúria e superficialidade mas não me julguem, ja tive todo o julgamento que tal viagem poderia ensejar.Mas estou aqui para falar da próxima, será pra algum lugar místico, caminho de santiago é o que mais me apetece hoje em dia, mas conhecer um templo budista e ter a chance de praticar o Zen é algo que me da agua na boca. Segundo Sócrates aquele que foi considerado o homem mais sabio que existiu, o "simples" saber que nada sabia, garantiu um posto na eternidade para ele, porem seu segundo axioma era que: não sabendo nada o que deveria se fazer era tentar conhecer a si mesmo, claro que depois disso todo mundo diz que se conhece, eu faço algumas perguntas e digo que talvez isso não seja verdade. Quantas linhas existem em sua mão? quantos sinais existem em todo o seu corpo, quantos tempo voce consegue ficar sem falar, quanto tempo voce consegue ficar sem comer, beber ou mesmo respirar? Quanto desprezo voce é capaz de aguentar? Nossa, tem muita coisa que a gente não tem a mínima idéia e o louco é que estamos falando de nos mesmos. Meu medo do Zen é que no silencio de nossa mente esta o segredo do auto-conhecimento, mas minha mente é complicada tentar ficar horas com a mente "vazia" apenas contanto a própria respiração ou tentando decifrar um problema dado pelo mestre que não tem solução é um tanto caótico pra mim, outra coisa é saber que na promessa de meu fracasso, certo que irei questionar a capacidade e qualificações do "mestre" afinal quem não gosta de justificar muitas coisas com o velho ditado "não existe mau aluno, existe mau professor!". Mas o contrario seria tão bem vindo, um mínimo de iluminação, uma luzinha de led que seja, e eu ja estaria nas nuvens quanta coisa eu gostaria de silenciar e quanta coisa limpar, quanta coisa esquecer.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Eu queria ser igual, será?


Introspecção, assim eu normalmente vivo, e assim eu continuo o looping mental, as vezes parece que irá torrar os poucos neurônios que ainda me restam. Nada de desespero, muito pelo contrario, alias não é a toa que vivemos em uma democracia aonde a maioria da o tom, foi ela quem me abriu os olhos...(mas isso é outra estória)
Mas voltando aqui para dentro(de minha cabeça) compartimentar e estancar não são mais necessários, assim hoje tenho muita dificuldade em não precisar mais usar esses artifícios.
Disse tudo isso porque agora estou sentado em um banco, o ultimo de uma fileira que esta direcionado como em um teatro, a atração é o desembarque domestico. Gente saindo, agente se procurando, alguns se encontrando, uma belíssima analogia ao que passamos a vida fazendo. Os grupos de aeromoças passa conversando e dando risadas, cúmplices de comentários, ouço uma delas falar de alguem, um "ele" o que segue apos o "ele " sai abafado mas pela repercussão que tem em suas amigas, algo intimo e particular acaba de ser compartilhado. Na mesma hora minha cabeça começa a traçar quem é aquela moça, quais os conjuntos de historias que a trouxeram ate aqui e quem é "ele" como ele é, que coisas fez para ser o centro dos comentários da rodinha. Não tenho a coragem necessária para contar tudo que passa pela minha cabeça digo a vocês que a estória tem começo meio e fim, com direto a perfis psicológicos e tudo o mais, besteiras de uma mente doentia segundo me disseram...
Concordo, acho que nunca parar de pensar e fazer conexões sobre tudo e sobre todos o tempo inteiro não é algo normal, pelo menos não para os outros, porem a normalidade é algo muito relativo, sei que aqui voltaremos a nossa velha lei de maioria, e sim compreendo que faço parte de uma minoria mas como nunca tive uma visão do mundo de forma diferente, normal para mim é aquilo que tenho, não posso sentir falta do que nunca tive, apesar de lamentar profundamente a falta da minha Ferrari. As pessoas podem alegar que todo mundo pensa o tempo todo, e eu digo que concordo plenamente que: mais ou menos, sim passasse pensando, mas os segundos e terceiros pensamentos operam em um nível mais baixo, fazendo uma analogia louca digo que se pensamentos fosse som, a pessoas tem um pequeno ruido ao fundo na cabeça durante a maior parte do dia esse ruido vai silenciando-se a medida que o individuo vai por exemplo para a cama e por fim acabam. O que quero tentar explicar que tenho, poderia ser definido como uma betoneira dentro da cabeça que faz uma barulho enorme, que no silencio do meu quarto dias ate semanas são repassados em minha cabeça, frases são comparadas diálogos inteiros relembrados, sim os malditos diálogos. O assunto conversar, as vezes me causa um profundo desespero, falar com uma pessoa estando ansioso é quase uma piada para mim, uma piada de muito mal gosto, pois em quanto a pessoa esta terminando a sentença minha cabeça ja esta produzindo um numero de replicas que podem ser usadas, assim como ja prevendo qual sera a tréplica que essa pessoa ira me dar e assim sucessivamente, mas ate aqui tudo bem, bom, que se pode fazer, prever algo que esta acontecendo pode ser ate aceito, mas e quando se prevê algo que nem mesmo aconteceu! como? Simples com se não tivesse mais nada para passar e repassar continuamente e muitas vezes, momentos antes de realmente ter uma conversa eu teço uma conversa inteira com o individuo ou seja imagino o que eu irei dizer, qual sera a resposta, qual será que replica, tréplica e assim por diante e tenho o despeito de chegar a conclusão de que aquela conversa nem mesmo precisa acontecer, sem eu nem mesmo a ter começado!
Sabe que escrevendo tudo isso acabei de chegar a uma conclusão, do porque de minha fissura por ler, acho que quando eu leio nesses preciosos momentos meu cérebro não atravessa mais nada no meio e a maioria do tempo em que estou com o o foco na leitura experimento o que e ser normal...(digo, o que eu imagino ser). Assim não me culpem pelo vicio, meu vicio é um vicio de... normalidade.(ou seria ansia ?)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Segundo Kierke­gaard


Kierkegaard escreveu um livro inteiro sobre O conceito de angústia, uma das mais importantes obras de psicologia pré-freudianas. Nela Kierkegaard distingue dois tipos diferentes de medo ou angústia. Primeiro, o medo que sentimos quando somos ameaçados por algo exterior (por exemplo, um leão que ruge). O segundo tipo de medo resulta de uma experiência interior — a confrontação com as ilimi­tadas possibilidades de nossa própria liberdade. Quando nos tornamos conscientes dessa liberdade, percebemos sua enormidade e sua irracionalidade. (Como assinala Kierkegaard, é impossível provar que temos liberdade, porque essa prova envolveria a necessidade lógica, que é o oposto da liberdade.) A liberdade nada tem a ver com a filosofia. É uma questão psicológica, que depende de nossa atitude ou estado mental. Nosso estado mental nos faz compreender nossa liberdade. E percebemos nossa liberdade em toda a sua extensão quando experimen­tamos o estado mental chamado medo. Nesse senti­do, o indivíduo não existe em absoluto como “ser”, existe apenas num estado de constante “vir-a-ser”. O medo que isso provoca é o terror que mora no coração de toda normalidade. Percebê-lo plenamen­te mergulha a pessoa na loucura. Segundo Kierke­gaard, a única maneira de escapar disso é dar o salto igualmente irracional da fé.
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