quarta-feira, 21 de abril de 2010

Eu queria ser igual, será?


Introspecção, assim eu normalmente vivo, e assim eu continuo o looping mental, as vezes parece que irá torrar os poucos neurônios que ainda me restam. Nada de desespero, muito pelo contrario, alias não é a toa que vivemos em uma democracia aonde a maioria da o tom, foi ela quem me abriu os olhos...(mas isso é outra estória)
Mas voltando aqui para dentro(de minha cabeça) compartimentar e estancar não são mais necessários, assim hoje tenho muita dificuldade em não precisar mais usar esses artifícios.
Disse tudo isso porque agora estou sentado em um banco, o ultimo de uma fileira que esta direcionado como em um teatro, a atração é o desembarque domestico. Gente saindo, agente se procurando, alguns se encontrando, uma belíssima analogia ao que passamos a vida fazendo. Os grupos de aeromoças passa conversando e dando risadas, cúmplices de comentários, ouço uma delas falar de alguem, um "ele" o que segue apos o "ele " sai abafado mas pela repercussão que tem em suas amigas, algo intimo e particular acaba de ser compartilhado. Na mesma hora minha cabeça começa a traçar quem é aquela moça, quais os conjuntos de historias que a trouxeram ate aqui e quem é "ele" como ele é, que coisas fez para ser o centro dos comentários da rodinha. Não tenho a coragem necessária para contar tudo que passa pela minha cabeça digo a vocês que a estória tem começo meio e fim, com direto a perfis psicológicos e tudo o mais, besteiras de uma mente doentia segundo me disseram...
Concordo, acho que nunca parar de pensar e fazer conexões sobre tudo e sobre todos o tempo inteiro não é algo normal, pelo menos não para os outros, porem a normalidade é algo muito relativo, sei que aqui voltaremos a nossa velha lei de maioria, e sim compreendo que faço parte de uma minoria mas como nunca tive uma visão do mundo de forma diferente, normal para mim é aquilo que tenho, não posso sentir falta do que nunca tive, apesar de lamentar profundamente a falta da minha Ferrari. As pessoas podem alegar que todo mundo pensa o tempo todo, e eu digo que concordo plenamente que: mais ou menos, sim passasse pensando, mas os segundos e terceiros pensamentos operam em um nível mais baixo, fazendo uma analogia louca digo que se pensamentos fosse som, a pessoas tem um pequeno ruido ao fundo na cabeça durante a maior parte do dia esse ruido vai silenciando-se a medida que o individuo vai por exemplo para a cama e por fim acabam. O que quero tentar explicar que tenho, poderia ser definido como uma betoneira dentro da cabeça que faz uma barulho enorme, que no silencio do meu quarto dias ate semanas são repassados em minha cabeça, frases são comparadas diálogos inteiros relembrados, sim os malditos diálogos. O assunto conversar, as vezes me causa um profundo desespero, falar com uma pessoa estando ansioso é quase uma piada para mim, uma piada de muito mal gosto, pois em quanto a pessoa esta terminando a sentença minha cabeça ja esta produzindo um numero de replicas que podem ser usadas, assim como ja prevendo qual sera a tréplica que essa pessoa ira me dar e assim sucessivamente, mas ate aqui tudo bem, bom, que se pode fazer, prever algo que esta acontecendo pode ser ate aceito, mas e quando se prevê algo que nem mesmo aconteceu! como? Simples com se não tivesse mais nada para passar e repassar continuamente e muitas vezes, momentos antes de realmente ter uma conversa eu teço uma conversa inteira com o individuo ou seja imagino o que eu irei dizer, qual sera a resposta, qual será que replica, tréplica e assim por diante e tenho o despeito de chegar a conclusão de que aquela conversa nem mesmo precisa acontecer, sem eu nem mesmo a ter começado!
Sabe que escrevendo tudo isso acabei de chegar a uma conclusão, do porque de minha fissura por ler, acho que quando eu leio nesses preciosos momentos meu cérebro não atravessa mais nada no meio e a maioria do tempo em que estou com o o foco na leitura experimento o que e ser normal...(digo, o que eu imagino ser). Assim não me culpem pelo vicio, meu vicio é um vicio de... normalidade.(ou seria ansia ?)

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