sábado, 13 de setembro de 2008

ANTIPIRÉTICOS...

DDSabia que chegara a hora, anos e anos de terapia provocados pelo maldito medo estavam para serem provados.Na sua mente um amigo oculto, seu alterego, provavelmente um demônio q dizia “entre vamos, a casa é sua, paga com o seu dinheiro, mas não se esqueça de antes pegar sua arma afinal não queremos ser pegos de surpresa por um estranho” No momento que abriu a porta sentiu que não deveria entrar, as duas vozes que se confundiam em sua cabeça, o anjo e o demônio como dizia, nunca era possível identificá-los, pelo menos não até quando já não adiantasse mais. Acabou entrando, as luzes estavam apagadas, um silencio sepulcral por toda a sala. Súbito uma tranqüilidade extasiante invadiu seu corpo, era tudo sua imaginação... o prenuncio de que tudo não estava como deveriaD estar veio com a garrafa de vinho sobre a mesa, correu para as escadas, subindo os degraus de dois em dois, chegou no corredor que levava a suíte, pela fresta em baixo da porta via a luz acessa, um murmúrio vinha de dentro, um emaranhado de vozes sussurradas, abafadas, teve a certeza de ouvir alguém dizendo “foge” . A arma que se encontrava na sua cintura começou a pesar, achou melhor segurá-la na mão, em um rompante chutou a porta e lá estavam eles enroscados um no outro. Os tiros abafaram o ambiente com seu som, o zumbido do estouro custou a passar, mas quando se foi tudo era calmaria, como o mar após a tormenta, apenas a tv continuava ligada em algum lixo infantil. Estendida na cama ainda enroscada com ele sua mulher jazia morta, mas o desgraçado ainda se mexia embaixo do edredom, agora com a arma já descarregada achou melhor aplacar sua ira e usar o abajur de ferro do criado mudo no que achou ser a cabeça do maldito, uma, duas, três, perdeu as contas das batidas de desferiu naquele que tentava ocupar seu lugar, em fim sentia-se completo como um macho que faz o que tem que fazer para proteger seu território, saiu foi para a cozinha preparar um chá, sempre precisava de um para sentir-se calmo, pegou o telefone e ligou para a policia, sim estava certo e a lei estava do seu lado. Mais tarde os vizinhos comentavam do morador da casa ao lado que matara a mulher e seu filho. Aparentemente o marido, homem tido como ótimo vizinho apenas um pouco distante , era usuário assíduo de prozac, entrara transtornado no quarto atirando, matando sua esposa e filho que assistiam tv...

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